Encontro acontece após o governo dos EUA impor sanções ao ministro do STF. Mas em resumo nada adianta fazer. A punição somente é irreversível se os EUA determinarem
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na noite de quinta-feira, 31/7, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, no Palácio da Alvorada, para um jantar.
A reunião acontece um dia depois da decisão do governo americano de impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, por meio da lei Magnitsky. Moraes era um dos convidados e, em imagens registradas pelo fotógrafo Wilton Júnior, do Estadão, aparece ao lado de Lula e Gonet no Palácio.
A Lei Magnitsky pune globalmente corruptos, criminosos, terroristas, traficantes e violadores dos direitos humanos.
De acordo com a Agência Brasil, além deles, estiveram presentes no jantar o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e os ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Edson Fachin. Todos os 11 ministros do STF haviam sido convidados. Os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) também participaram do jantar.
Mais cedo, nesta quinta, a Coluna do Estadão já havia revelado que pelo menos um ministro deixaria de comparecer: André Mendonça, indicado por Bolsonaro para a Corte.
A expectativa na quinta era que, durante o encontro, Lula apresentasse a estratégia de reação do governo brasileiro à medida. Na quarta-feira, 30, dia das sanções a Moraes e também do tarifaço dos Estados Unidos sobre o Brasil, Lula já havia se encontrado com Barroso, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin (reuniões vazias para decidir nada que derrube a determinação norte-americana).
Fonte: Terra