Presidente afirmou que tem posição ‘muito clara’ contra o tráfico
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira, 24/10, que a declaração sobre traficantes foi “mal colocada”. A retratação foi publicada no X (antigo Twitter), um dia após a fala feita em Jacarta, na Indonésia, gerar ampla repercussão e críticas da oposição.
“Quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país. Continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado”, escreveu Lula.
Na campanha, Lua disse que roubar um celular para tomar uma cervejinha seria normal para os jovens.
A fala original do presidente, dada durante entrevista à imprensa internacional, afirmava que “os traficantes são vítimas dos usuários” e que seria “mais fácil” para Brasil e Estados Unidos “combater viciados”.
A declaração foi rapidamente explorada por adversários políticos, que acusaram o governo de relativizar o crime e inverter responsabilidades.
Em postagem no X, Lula afirmou que a fala sobre traficantes foi “mal colocada” e reafirmou o compromisso do governo no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), classificou a frase como “um desrespeito às famílias vítimas das drogas”. Aliados do Planalto, por outro lado, afirmaram que Lula pretendia destacar a dimensão social do consumo e a necessidade de políticas públicas que tratem dependentes como questão de saúde.
Governo tenta conter desgaste
A retratação no X faz parte de uma estratégia do Planalto para conter o desgaste político. Nos bastidores, auxiliares de Lula afirmam que o presidente quis reforçar o foco do governo no combate ao crime organizado — e não relativizar a atuação de traficantes.
O governo tem destacado ações recentes na área de segurança, como a PEC da Segurança Pública, enviada ao Congresso, e operações conjuntas que, segundo o Planalto, resultaram em recordes de apreensão de drogas e na desarticulação de facções criminosas.
Fonte: Terra

