Evento esquenta o Parque da Cidade para a COP30, que tem início oficialmente na segunda-feira. Mais um fracasso a vista do governo Lula, que foi defender Maduro
Quatro meses de trabalho não foram suficientes para entregar a Zona Azul, no Parque da Cidade, totalmente pronta para a Cúpula do Clima, evento que serve de preparativo para a COP30 e que teve início nesta quinta-feira, 6/11. Delegações internacionais e repórteres de diversas partes do mundo vivenciaram um evento com “jeitinho brasileiro“: o primeiro dia foi marcado pela circulação de funcionários tocando obras, banheiros quebrados ou incompletos e situações de falta de energia e de água.
Enquanto isso, o presidente Lula foi para a Celac defender os ditadores Pietro e Maduro, sancionados como violadores de direitos humanos e considerados líderes de facçoes de tráfico internacional de cocaína, em reunião na Colômbia.
O caminho da entrada do hangar, que dá acesso à Cúpula dos Líderes, até a outra ponta da Zona Azul é extenso — o espaço, cujas obras tiveram início em 3 de julho, foi projetado com uma grande área.
O ambiente de obra era evidente já na entrada. Para acessar o setor, era preciso passar por um detector de metais e raio-x similar ao de um aeroporto, onde a fila misturava visivelmente os dois públicos: trabalhadores com capacetes e coletes refletivos, e participantes engravatados e credenciados. A mesma divisão se repetiu na fila do credenciamento, devido ao alto fluxo de ambos os grupos.
Ao seguir andando, a vista foi de pavilhões incompletos, com tapumes e obras em andamento. Em diversos pontos também foi possível notar escadas, extintores, galões de água e outros itens que destoaram de um ambiente pensado para estar preparado para receber lideranças globais.
Diversos banheiros estão espalhados pelo espaço: e, em cada um deles, uma surpresa. Em um deles a reportagem encontrou lixeiras espalhadas pelo espaço, sujeiras picotadas pelo chão, recipientes de papel quebrados e nenhum sabonete para lavar as mãos. Em outro havia sabonete, o ambiente estava limpo, mas não tinha água nem na pia, nem nas privadas, em um período da manhã.
E assim também foram vistos outros banheiros com diversas cabines com trincos novos sem o encaixe correto – ou seja, que não fechavam a porta –, portas desparafusando e pessoas arrumando no “ao vivo”. Além de falta de papéis e lixeira.
A falta de energia foi outro aspecto que marcou o primeiro dia da Cúpula do Clima. Na sala de imprensa, a cafeteria não serviu café pela manhã pois ficou sem energia para ligar as máquinas. Na área restrita, delegações e líderes de Estado não puderam experimentar o sorvete da máquina lá instalada porque, ao menos na maior parte do dia, ela não funcionou por falta de conexão.
O Terra acionou a assessoria da COP em busca de um posicionamento sobre a questão. O espaço segue aberto e será atualizado em caso de retorno.
Fonte: Terra

