Vitor Eça falou com exclusividade ao Alerta Salvador sobre os caminhos da investigação do assassinato do vereador em 2021
O titular da 20ª DT (Delegacia Territorial), em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, recebeu para uma entrevista o repórter do BahiaOn para falar exclusivamente sobre o caso da investigação da morte de André Luiz Ferreira Araújo (Júnior CCA), 38 anos, comerciante e vereador.
Morto na noite de domingo, 24/1/2021, no Bairro do Sarandi, portanto faz 2 anos nesta terça-feira, 24, o vereador foi baleado várias vezes assim como familiares, parentes e amigos que estavam com o mesmo. Ele teve morte imediata. O fato foi próximo à casa do edil. Júnior CCA, como era popularmente conhecido, deixou mulher e filho (ainda criança) e uma bebê. Pai, mãe e irmã não comentam o assunto pela dor da perda. A jovialidade, descontração e alegria pela vida eram marcas de CCA, que amava o Esporte Clube Bahia, e não perdia quase nenhum jogo do Tricolor de Aço, além do Chiclete Com Banana.
Segundo as investigações (e testemunhas que manteremos sob sigilo), indicam que 4 homens encapuzados em 2 motocicletas chegaram por volta das 19h30, pararam e começaram a disparar.
De acordo com o delegado Vitor Eça, titular da 20ª DT que preside o inquérito, são muitas as dificuldades encontradas para elucidação de um crime nas circunstâncias que esse aconteceu, sem deixar nada passar para efetivamente punir os responsáveis pelo bárbaro assassinato.
“Todas as testemunhas que pudemos chamar foram ouvidas. Pistas foram encontradas. Sabemos muito sobre o caso, mas faltam detalhes para fechar a investigação”, disse o delegado.
Todas as linhas de investigação foram apuradas. Nenhuma possibilidade plausível foi descartada, mas, segundo Vitor Eça, a Polícia não apura apenas por ouvir dizer. Disse ser necessário indícios e elos que possam vincular responsáveis aos crimes cometidos.
Acrescenta ainda que nenhum policial do Setor de Investigação da Delegacia deixou de apurar qualquer possibilidade. “Todas foram investigadas”.
Pelo que se apurou até agora dos 4 possíveis participantes, 2 morreram em ações policiais sem nenhuma vinculação com o caso, 1 estaria preso e o outro ainda foragido.
Sem dar muitos detalhes para não prejudicar as investigações, o delegado destacou que a Polícia busca apenas a materialidade para fechar o caso. “Isso pode ocorrer em pouco ou demorar algum tempo”, mas o caso deve ser elucidado.
Nas entrelinhas, disse que por trás deve estar um grupo de criminosos rival do Bairro do Sarandi.
Assim que ele tiver concluído o inquérito, vai encaminhar à Justiça Criminal de Candeias.
O delegado fez questão de dizer que familiares, parentes, amigos e a sociedade candeenses têm direito e merecem uma resposta correta da Polícia Civil de Candeias.
Homenagem póstuma
A Câmara Municipal de Candeias presta nesta terça-feira, ás 9h, uma homenagem póstuma ao ex-vereador.
