Postura do país era restritiva sobre o símbolo, não só em bandeiras. Episódios de LGBTfobia durante o campeonato têm chamado a atenção do mundo
O Catar, país-sede da Copa do Mundo 2022, resolveu liberar as bandeiras com o símbolo arco-íris, ligadas à comunidade LGBTQIAP+, nos estádios em que o evento ocorre.
Até então a postura do país era restritiva sobre o símbolo, não só em bandeiras, como também em camisetas, chapéus e outras peças. A partir desta sexta-feira, 25/11, torcedores que quiserem expressar apoio à comunidade quer com camisetas, bandeiras e símbolos não poderão mais ser importunados por seguranças.
A Fifa já havia sinalizado que as bandeiras LGBTQIAP+ poderiam ser utilizadas durante a Copa do Mundo no Catar.
No último dia 21, o jornalista norte americano Grant Wahl compartilhou no Twitter que foi forçado a tirar uma camiseta com o símbolo do arco-íris ao entrar em um estádio.
“Você precisa trocar sua camisa. Não é permitido“, um dos seguranças ordenou, segundo o jornalista, que também ouviu que a camisa era “política“.
Outro jornalista que passou por um episódio semelhante foi o brasileiro Victor Pereira, que levou uma bandeira do estado de Pernambuco para um estádio e foi contido por seguranças.
“A gente estava com a bandeira de Pernambuco e fui atacado por alguns integrantes aqui do Catar e policiais, eles vieram para cima achando que era uma bandeira LGBT. Fui filmar, eles pegaram meu telefone e só devolveram me obrigando a deletar o vídeo que eu fiz“, afirmou o jornalista nas redes sociais.