Lula Marques, da EBC, do Governo Federal, teve entrada impedida após divulgar imagem de chat de Jorge Seif (PL), no qual ele era questionado por jornalista sobre operação envolvendo Jair Renan Bolsonaro
O presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura os atos do dia 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), proibiu a entrada do fotógrafo Lula Marques, que presta serviços para a EBC, em sessão da comissão.
O profissional foi expulso do local por policiais legislativos na quinta-feira, 24/8. A justificativa para a expulsão e proibição foi a publicação de uma foto que ele fez, na qual uma conversa num chat do senador Jorge Seif (PL-SC) com uma jornalista foi flagrada.
Na conversa registrada, a jornalista perguntava ao senador sobre a operação da Polícia Civil contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, que é também assessor de Seif.
O senador estava escrevendo a mensagem num chat quando houve invasão do fotógrafo à privacidade. O texto dizia que “refere-se à investigação e não condenação. E refere-se à data anterior à nomeação de Renan” como assessor.
O fotógrafo Lula Marques publicou a imagem nas redes sociais dele dizendo ser a foto que “o presidente da comissão não gostou”. Mas quem gostaria?
Ele disse que se sentiu censurado, que atua há mais de 30 anos (não aprendeu?) na cobertura política e que já tinha feito esse tipo de fotografia em outras ocasiões.
Marques disse ainda que “a atitude do presidente da comissão foi autoritária”.
O advogado do fotógrafo, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, se manifestou por meio de nota, dizendo que o episódio foi uma “clara violação a princípios fundamentais da Constituição da República”. E o respeito à privacidade de cada um não vale?
Ele também disse esperar que “medida como essa não mais aconteça, de modo que Lula Marques possa comparecer presencialmente ao ambiente onde é realizada a CPMI”. Mas também todos esperam que ele respeite a privacidade.
