Redução, segundo o governo, ajuda a diminuir o risco fiscal, criado pela própria administração federal
O governo federal revisou para baixo a estimativa do salário mínimo em 2026, que passou de R$ 1.631 para R$ 1.627, R$ 4 a menos, ou 52 reais nos 13 salários que recebe quem ganha o mínimo por ano.
O ministério do Planejamento ressalta que o valor definitivo só será conhecido no início do próximo ano, depois do cálculo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 12 meses, que ficará disponível a partir de 10 de dezembro.
A redução na estimativa acompanha a desaceleração da inflação no país e também da previsão de crescimento. O IPCA, índice oficial de preços, registrou alta de apenas 0,09% em outubro, a menor para o mês desde 1998, quando ficou em 0,02%. O cenário ocorre em meio à política de juros elevados, com a Selic em 15% ao ano, que contribui para conter a pressão inflacionária.
Segundo informações do Ministério do Planejamento, o ajuste menor no salário mínimo pode ajudar a reduzir os gastos com aposentadorias, pensões e outros benefícios, diminuindo o risco fiscal.
No entanto, o órgão alerta que a redução da pressão fiscal depende de outros fatores, como a variação da base de beneficiários, e que o Congresso poderá revisar as estimativas durante a tramitação do PLOA ou nas avaliações bimestrais de 2026.

